A ONDA DO CARSHARING

A ONDA DO CARSHARING

COM AJUDA DA TECNOLOGIA E UM MODELO MAIS FLEXÍVEL PARA O USO E DEVOLUÇÃO, EMPRESAS DE CAR SHARING COMO A TURBI E VELO-CITY DISPUTAM ESPAÇO NO MERCADO DE LOCAÇÃO

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HÁ TEMPOS se comenta no mercado a possibilidade de o car sharing deslanchar no Brasil e ser tão popular como na Europa, por exemplo. Mas só agora, com a ajuda da tecnologia, é que essa locação “flex”, em que o cliente paga por hora utilizada, está se tornando realmente uma opção para quem busca um veículo alugado. No Rio de Janeiro, uma experiência bem-sucedida a ser citada é a da Velo-City, o primeiro car sharing da região. Diretor regional da ABLA no estado, Daniel Bittencourt é um dos responsáveis pela iniciativa. “As locações são feitas direto no aplicativo, pelo mesmo mecanismo das locações de patinetes que se tornaram febre em grandes cidades do Brasil”, explica ele. A frota começou em um projeto piloto com três veículos, em 2020, e agora já são 14, inclusive dois Mini Coopers elétricos (alguns carros sequer têm chave). E o serviço continua em expansão. O usuário aluga a partir de um período de minutos e pode devolver em lugar diferente de onde encontrou o veículo, em uma lista de locais indicados pelo aplicativo. “A jornada do cliente é parecida em todos as locadoras que se dedicam ao car sharing. O que muda é a tecnologia do serviço.

Esse mix de clientes é variado, mas, para nossa surpresa, há uma predominância de clientes entre 30 e 50 anos. São pessoas que na maior parte deixaram de ter um carro durante a pandemia e passaram a utilizar a locação”, afirma Daniel. A flexibilidade de uma locação nos moldes do Velo–City é muito valorizada para quem usa o carro numa jornada com várias paradas, o famoso “pinga–pinga”. Ocorre que os serviços de car sharing precisam de uma boa base para a sustentabilidade do negócio, ou seja, o volume é importante. Por isso, o serviço está começando a decolar em grandes cidades, como São Paulo e o Rio de Janeiro. Na capital paulista, a Turbi, uma locadora 100% digital, também aposta no aluguel pelo aplicativo. A frota é bem variada e inclui hatches, sedãs, SUVs e esportivos, como o Mini Cooper. Os veículos são automáticos e equipados com tag ConectCar e Kit Pet. Todo o processo é feito pelo aplicativo, desde o cadastro até a abertura e fechamento do carro. Para abrir no ponto de retirada, em um dos pontos indicados pela Turbi, o usuário faz o reconhecimento facial e aperta um botão no aplicativo, que destravará a porta do carro. Tecnologia A gasolina está inclusa no serviço. O usuário não precisa pagar pelo abastecimento do carro, já incluído no valor do aluguel. Na hora de abastecer, basta utilizar o cartão combustível que fica no porta-luvas. Além disso, o usuário não precisa entregar o carro com o tanque cheio. Basta deixá- -lo com um quarto do tanque para que o próximo usuário consiga utilizar tranquilamente. Em geral, o público da Turbi é majoritariamente masculino, apesar de a empresa ter verificado um aumento significativo do público feminino no último ano. A faixa etária varia de 25 a 45 anos. São pessoas que prezam por segurança, flexibilidade e experiência. Para Daniel, do Velo-City, a pandemia deixou claro para as pessoas que o carro é o meio de locomoção mais confortável e seguro. “Todo mundo quer ter esse conforto e praticidade, mas o problema é arcar com tudo o que envolve a posse de um veículo. A locação está ganhando terreno a partir dessa constatação”. “Tem também a flexibilidade na escolha do modelo. A locação permite que você tenha, dependendo da ocasião, um veículo mais econômico ou algo mais indicado para a família, por exemplo”, completa.

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